Mestre Ignatus

De novo, fim de semana aprendendo e fazendo música na casa. Foi toda uma honra ter o Ignatus na sala de estar. Ademais de bons conselhos, ensinou-me a aproveitar melhor o meu teclado midi (eu só o usava para procurar notas e melodias) tornando-o num sámpler. El é especialista nisso dos sámplers, tal e como se pode ver nos seus vídeos ao vivo. Deu boa mostra disso no concerto da passada quinta-feira na Igreja da Universidade. Ali nos deixou a todos com a boquinha aberta lançando ritmos da sua chaqueta ou tocando a flauta com a guitarra eléctrica sem cordas que aparece na foto.

Também estivérom por aqui o Moderno e o Sergio74, o de Retropower, quem me guiou polas novas emissões d'Os Outros Êxitos.

E agora, a preparar esse concerto...

Rede Galega de Travestis ao Vivo

Deborah Polla, com ela aprendim o terapéutico e libertador que pode chegar a ser perder a vergonha em público. Reinou com magnanimidade no Curruncho oferecendo um espectáculo de deleite basto e vulgar que seduzia tanto homes como mulheres. Depois nom sei o que andou a enredar numa tournée por Espanha adiante (quem lhe dera a muitos!). Agora está de volta e acaba de lançar na rede um vídeo que gravou para Desde Galicia para el mundo, o que fai que reconsidere a minha opiniom sobre o mesmo. Deborah é grande, em todos os significados do adjectivo, uma das melhores mostras do que é a realidade cultural amalgamada do nosso país. Si, cara Ánxela, para mim isto também é parte honrosa da nossa cultura. Deveriamos exigir que também se subvencionassem os espectáculos transgénero? Deveria articular-se uma Rede Galega de Travestis ao Vivo?

Por certo, o concerto de Ignatus onte foi genial.

Francofonia

Hoje começárom as segundas Jornadas da Francofonia em Compostela. Estám dedicadas à banda desenhada francófona e a conferência inaugural que deu Carlos Portela foi uma verdadeira gozada. Falou da influência da bd francófona na historieta espanhola. Manhã é a passagem dos filmes e na quinta um concerto ao que irei ainda que nom quixesse, o que nom é o caso. O francês Ignatus aterra esta quinta-feira na terra dos eucaliptos calcinados para nos cantar os seus temas com guitarras, computadores e boas letras, ingénuas e sarcásticas. Assi que neste semana irei pondo os vídeos que del hai na rede. Hoje começo com L'argent.

Na Casa Jurásica

Onte estivem com dous destes elementos na Casa Jurásica. Fixo-me muito bem. Colhérom as suas guitarras e começárom a tocar. Ao pouco eu já perdim o medo e puxem-me a cantar ou, mais bem, a berrar. Foi uma experiência altamente adrenalínica. Veremos quanto me dura este subidom, mas agora nom só durmo tranquilo senom também feliz. Cuidado, a música é aditiva!

Manhã de novo a Ferrol, a gravar mais guitarras. E por riba Astrud lança novo álbum! Podo pedir mais? Si, saber onde vou estar este outono. Sabe alguém de um futurólogo ou vidente fiável?

Tributo a Andrés do Barro

Rematada está já a participaçom de Projecto Mourente no disco de tributo a Andrés do Barro que sairá a meados de maio. Trata-se de uma versom de Corpiño Xeitoso, um dos meus temas favoritos. Para esta ocasom tam especial, com Projecto Mourente colabora nos coros e fazendo vozes Xan Vázquez, o bom amigo que sai na foto. Como nom podia ser doutro jeito, a versom saiu caseira e bailável. Veremos como acabará casando com tanta boa versom que fixérom outros grupos e que já se podem escuitar por aí. Para irmos lembrando, aí vai o vídeo do tema original.

Os pássaros também emigram ao sul

Ademais de uma tendência natural descoberta hai muito tempo, este é o título (bem, na realidade é, Os páxaros tamén emigran ao sur) da novela que publica em Xerais um amigo meu, Silverio Cerradelo. Assi é como a pintam na editorial:

Os paxaros tamén migran ao sur é unha novela social. Unha historia de amor transgresora que se desenvolve nunha capital grande, Barcelona, onde a comunicación humana non é doada. Unha novela que cuestiona a sociedade cosumista posmoderna. Unha ambientación moi coidada e un erotismo elegante. Un texto que engada e que non podemos deixar de ler até o final.

O Jordi, un rapaz catalán que é biólogo, empeza a escribir nun caderno o que aconteceu na súa relación coa Eva, que xa foi hai máis de catro anos, di, pero que lle deixou unha pegada indelébel. Todo empezou un día que el estaba a tomar un cortado nunha cafetaría e viu aparecer pola porta unha muller nova. Ela traía postos uns texanos vellos e unha camiseta toda esgazada e debaixo do brazo levaba un mangado de prensa, La Calle ou La Farola, un destes periódicos que vende a xente necesitada. Era a Eva.Todo se vai complicar, logo dun tempo de se coñeceren, cando ela, face a face co Jordi, lle confesa que xa non o pode enganar máis, que se prostitúe porque necesita a heroína. E axiña vai ter que marchar para Hamburgo. Que ten que marchar, vólvelle dicir. A desintoxicarse.

A apresentaçom é manhã às 12h na Casa do Concelho de Melide, onde a novela ganhou um prémio literário.

Desconexom insular

Na Ilha de Ons passei os feriados da Páscoa. Adoro esse lugar. Vou com certa freqüência no verão desde hai já uns quantos anos. Botei-lhe um à bientôt! à louca vida continental para voltar carregado da energia que dá tanto sol, tanta onda a bater nas rochas, tanto verde e, sobretodo, tanto ranhá-la. Onte, voltando para Ponte Vedra, deu-me um baixonzinho, uma pequena síndrome pós-férias, pero foi porem-me um pouco de música e logo me animei. Falando de música, hoje ponho o simpático vídeo do singelo Konichiwa Bitches da Robyn. A ver se adivinhades a quem lhe roubou uns famosos acordes esta escandinava desvergonhada...

Mourente existe

Por se ainda nom se sabe, o de Projecto e Prosciutto Mourente vem pola minha parróquia. Mourente está no concelho de Ponte Vedra, ao leste da cidade, às beiras do Leres. Aqui estou a passar uns dias de repouso, dando-me de conta de que si estamos na primavera e aproveitando para trabalhar nas letras dos novos temas. Na foto, uma recriaçom do Carvalho de Santa Margarida, um dos emblemas paroquiais, sito ao pé da capela do mesmo nome e ao ladinho da casa natal de Frei Martín Sarmiento, o mourentês mais famoso, ainda na realidade nascesse em Vilafranca do Berzo. Como vedes, apesar de todo estou bem orgulhoso da minha paróquia.

Outra cousa, estes dias, procurando novidades, encontrei este Butterfly dos franceses Superbus. Gosto muito...

Semana Tantra

Já é Semana Santa na Caldeiraria. Resulta inevitável abstrair-se porque uma boa parte das procissões passam justo pola porta da casa. Cadeias, tambores, trompetes castrenses e melodias fúnebres ressoam por todos os quartos. Virgens dolorosas e cristos ensanguentados passam justo por em baixo do balcom. Poderia sair vestido de negro, como Raphael, e cantar-lhes uma saeta, mas afortunadamente para eles (e quiçá também para mim) nom sei. Contodo, hoje estivem seriamente tentado de aprender de uma grande mestra turca: a diva transhumana Bülent Ersoy a seguir em vídeo.